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CUBA: da Revolução até a queda do muro de Berlim


Foram exatos 30 anos que marcaram a ilha e muitos acontecimentos revolucionaram a vida cotidiana de seus moradores.

No período pré-revolução, a ilha de Cuba era governada por um ditador de direita, chamado Fulgêncio Baptista, que chegou ao poder com apoio dos Estados Unidos, como era comum no cenário pós-guerra (no contexto da Guerra Fria).

Havia muitos americanos na ilha: espanhóis e também cubanos donos de fábricas e latifúndios. A Hersheys, por exemplo, tinha fábrica lá. Até hoje, se pode visitar o que restou dessa fábrica e também a cidade a sua volta em um passeio de trem bem pitoresco e rústico.

Trem de Hershey, em Cuba

Hershey em Cuba, antes da Revolução

Antes da Revolução Cubana, o país era um imenso parque de diversão para os norte-americanos. Não é à toa, que filmes como O Poderoso Chefão foram gravados na ilha. Frank Sinatra era o cantor dos mafiosos ítalo-americanos. Todos os anos, ele cantava para esses criminosos em Cuba. No histórico Hotel Nacional, batalhas foram travadas entre famílias rivais. Até hoje, suas paredes tem marcas de balas, registros desses tempos. Prostituição, jogos, farra, tudo caminhava tal como a cartilha típica na relação de exploração de colônia e colonizador. O povo cubano, no geral, não tinha direitos trabalhistas, acesso à educação, moradia digna, nem qualquer outra garantia social para os cubanos.


2 senhores sentados em uma cena do O Poderoso chefão II em Havana, Cuba

Cena do Poderoso Chefão II em Havana

Fidel Castro e outros revolucionários, inspirados pelos ideais plantados pelo filósofo, jornalista e professor José Martí (que lutou contra a dominação espanhola), começaram a fazer um movimento de despertar na população com discursos efusivos de chamamentos a levantes.


Fidel Castro e Camilo Cienfuegos se olhando na foto

Fidel e Camilo Cienfuegos, formaram a tríade de revolucionários junto com o Che

Ainda que, privilegiados dentro dessa estrutura, queriam Cuba para os cubanos e pregavam a reforma agrária, distribuição de renda, e garantias de vida digna. Porém, foram forçados a exilarem-se no México. Lá, conheceram um jovem médico argentino, que dividia ideais similares, chamado Ernesto Guevara ("Che"). Fidel e Camilo com Che, voltaram à ilha, entrando pelo leste, recrutando a população cubana para levantar-se contra Baptista.


Che Guevara no discurso da ONU

Ernesto Guevara em discurso na ONU contra o imperialismo norte-americano

A batalha vitoriosa dos revolucionários deu-se na cidade de Santa Clara – apelidada desde então, como a mais revolucionária cidade cubana. Não por acaso, ali se ergueu um memorial e mausoléu, onde estão os restos mortais de Che e outros revolucionários bolivianos. Che foi assassinado na selva boliviana por guardas também bolivianos que dizem, estariam a mando da CIA.


Capitólio, antiga sede do governo Cubano

Capitólio, antiga sede do governo Cubano (antes da Revolução), uma réplica da Casablanca

Fulgêncio Batista vê-se obrigado a fugir e, então dá-se o Triunfo da Revolução – termo empregado na ilha, na virada de 1958 para 1959. Por isso, em 1 de janeiro celebra-se a Revolução. Nos primeiros anos, todos os estrangeiros deixaram a ilha e os cubanos tiveram suas casas e terras confiscadas sem perder o direito de morar nelas, mas perdendo seu título de propriedade.


No momento da pós-revolução instaura-se o embargo à ilha, proibindo os norte-americanos de fazerem negócios com Cuba. Porém, na prática, como os bancos americanos controlam as conversões cambiais, toda e qualquer transação comercial com a ilha se vê prejudicada e isso ocorre até hoje. Todas as nações votaram contra o embargo, na última assembleia na ONU, exceto: Estados Unidos, Brasil e Israel.


Mesmo com o embargo, os Estados Unidos não conseguiram sufocar o fim da Revolução e ainda empurraram Cuba para os braços da socialista URSS.


foto de uma capa de Jornal onde se lê no título: U.S Blockades Cuba, tell russ 'Lay off'

Cuba estampa a capa dos jornais americanos com a crise dos mísseis

A relação Cuba & URSS era um acordo muito bom para o país caribenho. A ilha exportava açúcar, tabaco e café para a URSS, em contrapartida recebia petróleo, minérios, maquinário. Obviamente esse tipo de relação não seria assim replicada facilmente.


Com a queda do muro de Berlim, houve o fim da URSS o que atingiu Cuba em cheio: de um dia para outro, a vida relativamente tranquila dos cubanos com alimentação gratuita, todos trabalhando para o governo, com boa saúde pública e educação também gratuitas, além do direito a uma moradia, muda drasticamente. Com o colapso da União Soviética, acaba a relação favorável a Cuba de importação e exportação.

Começa a faltar suprimentos básicos. Inicia-se os racionamentos de energia elétrica, secam as gasolinas dos postos, saques e roubos de animais são frequentes. O cubano, mais uma vez, viu-se obrigado a reinventar-se, resolvendo um problema de cada vez, do maior para o menor. Fidel, então decide abrir um pouco a economia, abrindo Cuba para as redes hoteleiras europeias e permitindo a particulares flertarem com o capitalismo.


 

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Dicas de filmes e séries para entender o que foi a década de 1990



Imagem do documentário Cuba and Cameraman (chave de braço com o diretor e uma idosa que vive em Cuba

Cuba and Cameraman (2018 – Netflix): um cameraman americano vai a ilha durante 40 anos (de tempos e tempos) e entrevista as mesmas famílias. Inclusive, encontra o Fidel várias vezes.



imagem do filme O Tradutor. Malin Rodrigo Santoro, do lado de uma personagem (que é enfermeira)

O Tradutor (2018 – Telecine Play): Rodrigo Santoro é Malin, um professor de literatura russa, forçado a se tornar tradutor de crianças russas vítimas do acidente de Chernobil, em Havana (1989).



Cena do filme "Quatro estações em Havana"

Quatro Estações em Havana (2018 – Netflix): baseado nos romances do cubano Leonardo Padura, um policial sonha em ser romancista e enfrenta os conflitos e dificuldades de Cuba na década de 1990.


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