7 mitos sobre Cuba que você precisa parar de acreditar

Caroline Maya Gramaglio
28 de out.
3 min de leitura

José Martí en Cuba, Parque Central de la Habana. Uma família pousando em frente a estátua. Uma pessoa em frente a eles tirando a foto com celular

Fatos são fatos e por eles a humanidade deveria se guiar. Depois de tantas idas a uma das ilhas mais polêmicas do mundo - mas também uma das mais encantadoras, por tudo que a envolve, resolvi compilar nesse breve artigo 7 mitos sobre Cuba que atrapalham, e muito, o Turismo por lá.

Quem viaja a Cuba terá o seu visto aos USA cancelado

um passaporte com o a palavra "Denied" em destaque

Essa é fake news mais ouvida nesses últimos meses. O tenista de mesa Hugo Calderano não pôde embarcar aos Estados Unidos e se especulou erroneamente sobre isso na grande mídia. Hugo tem passaporte português e teve o ESTA cancelado. O ESTA (Sistema Eletrônico de Autorização de Viagem) é uma permissão de viagem aos USA, SEM VISTO, que europeus e algumas outras nacionalidades tem direito. Então, ao renovar o ESTA, se mencionar que já foi a Cuba ou outro país considerado inimigo de Estado pelos norte-americanos, ele será cancelado. Há voos entre Cuba e USA logo, vistos comuns de Turismo no passaporte BRASILEIRO ou de qualquer outra nacionalidade, não serão cancelados.

Não há bons hotéis na ilha

Isso poderia ser uma realidade no passado, mas não mais hoje em dia. Há muitos bons hotéis em Cuba. As cadeias espanholas, Meliá e Iberostar foram as primeiras a desembarcarem na ilha nos anos 1990, porém hoje há Kempinski, Vila Galé e a rede canadense Blue Diamond com vários bons hotéis, principalmente 4* em diversas cidades e 5* em Havana. Há ainda muitos hotéis boutique administrados por particulares super charmosos nas principais cidades turísticas do país.

É um destino caro

Comparando com outras ilhas do Caribe, os all inclusive da ilha são muito mais baratos, até pela qualidade do A&B, mais simples, com menos itens e sem suntuosidade, chegando a custar um terço do valor de outros 5* em ilhas próximas. As casas privadas convertidas em hotéis boutique, também tem ótimo custo-benefício para quem busca serviço personalizado e economia. A existência de um câmbio paralelo ao oficial (de 3 a 4 vezes mais vantajoso), contribui para tornar o destino ainda mais acessível nos últimos anos.

Não é um destino seguro

Cuba tem índices de segurança comparáveis ao Canadá e é sim, um dos países mais seguros das Américas.

Não se come bem em Cuba

Nem só de restaurantes estatais vive a ilha. Desde a década de 1990, com a permissão e regulação dos negócios privados são muito os Paladares (restaurantes privados) por lá, principalmente em Havana, ótimas opções gastronômicas, também para grupos.

Dólares e cartões de crédito nem pensar!

Cuba tem uma economia dolarizada. A eliminação do CUC ("Pesos Cubanos convertibles") de forma abrupta - e a adoção de uma moeda única no país, os pesos cubanos, trouxe a inflação e, junto com ela, os dólares são ainda mais ansiados em Cuba. Nos negócios particulares, paga-se a conta obrigatoriamente com pesos cubanos ou dólares, em dinheiro vivo, enquanto nos hotéis estatais, sempre o pagamento é feito via cartões de crédito, não emitidos nos Estados Unidos. Os cartões emitidos nos Estados Unidos não funcionam em Cuba devido ao embargo norte-americano contra a ilha de Cuba.

Não há internet na Ilha

Nos hotéis e casas particulares há sim conexão de internet gratuita (ainda que funcione no geral mais lentamente do que na maioria dos países mundo afora). Além disso, o turista pode comprar o chip local pela internet e retirá-lo no aeroporto em lojas oficiais, como a ETECSA. O plano Vivo Mundo também funciona relativamente bem na ilha.