Viaje com orgulho! Turismo LGBTQIA+

Nesse mês de junho é o tempo de lutar contra o preconceito também no mundo das viagens no turismo LGBTQIA+! Faça seu cliente viajar com orgulho!

Todos merecem ser tratados com igual dignidade. Aproveito para parafrasear Hillary Clinton, que em um discurso na ONU, quando secretária do governo Obama disse que “o direito das minorias como a LGBTQIA+ são nada mais do que direitos humanos”.

Segundo pesquisa da OMT, mundialmente, cerca de 10% dos viajantes são do grupo LGBTQIA+. Sem dúvida, o nicho que mais cresce no mundo. Nos anos de pré-pandemia, registrou-se um aumento médio de 11% ao ano, contra uma média de 3,5% dos outros segmentos (Fonte: Associação Brasileira de turismo LGBTQIA+).

Ainda segundo a mesma associação, trata-se de um viajante mais exigente do que a média, que viaja ao menos 4 vezes ao ano, sendo que quase 50% dos brasileiros desse grupo viajam ao menos 1 vez ao ano para o exterior, em comparação com a média nacional que ficava na casa dos 9%.

Ao comparar os gastos médios, os turistas LGBTQIA+, ao viajar, gastam 30% mais do que os outros públicos. A Organização Mundial do Turismo avança na discussão ao trazer um importante recorte: o do elo entre o aumento do fluxo desses viajantes a países que tem em sua legislação a garantia de apoio e segurança aos turistas LGBTQIA+. Por exemplo, lugares que legalizaram o casamento entre pessoas do mesmo sexo, assistiram um aumento massivo no fluxo de turistas desse público específico.

Entende-se que esse tipo de lei é uma bandeira de apoio a favor das diferenças, uma indicação que a população, em geral, tem mente aberta, além de ser avessa ao conservadorismo e receptiva aos turistas LGBTQIA+ que tendem a se sentir mais à vontade nesses destinos.

Ou seja, ter uma legislação que propague a igualdade de direitos civis é muito importante também como ferramenta de marketing de destino, já a curto prazo.

Ainda as pesquisas da OMT revelam que a comunidade LGBTQIA+ uma vez bem acolhida, gosta de retribuir benefícios aos locais visitados, sendo ainda bastante consciente em relação às questões ambientais: tendem a ser, portanto, turistas mais conscientes do seu impacto, buscando formas de colaborar ou, ao menos, diminuir o impacto negativo frente as comunidades e natureza visitados.

Aposta-se, portanto, que o Turismo LGBTQIA+ pode ser uma importante ferramenta educacional, em comunidades mais fechadas, isoladas ou conservadoras. Logo, uma fonte real de autoaprendizado, pela tolerância e convívio.

Sem dúvida, a péssima imagem do Brasil no exterior devido a falta de apoio às minorias, sobretudo, aos povos indígenas, respostas homofóbicas dos governantes, conservadorismo exacerbado, além da falta de respeito ao pluralismo de opiniões, infelizmente impactam negativamente na atração desse perfil de viajante tão importante e relevante para o mercado do turismo.

Com esse artigo, convido você a refletir sobre isso e se for AGENTE DE VIAGENS, recomendo estruturar o seu negócio e dar mais atenção a esse nicho.